O Ar-Condicionado vai além do conforto térmico. Entenda como ele também é utilizado como uma ferramenta nos hospitais.
O Ar-condicionado não é apenas um equipamento que traz aos funcionários e pacientes um maior conforto, mas também promove o controle da qualidade do ar evitando que fungos, bactérias e outros microrganismos que podem ser prejudiciais à saúde se reproduzam e multipliquem pelo ambiente. Para realizar a retenção de fungos, bactérias e outros microrganismos nocivos à saúde humana e garantir a pureza do ar são utilizados potentes ventiladores associados a filtros de alto poder de retenção, denominados filtros "HEPA", do inglês (High Efficiency Particulate Arrestance).
Para que se tenha um controle maior do ambiente é necessário que se instale um sistema de climatização que atenda aos requisitos básicos para as condições de segurança e também garantir um maior conforto térmico aos colaboradores e pacientes que circulam no local. Os engenheiros definem essas zonas de segurança e utilizam potentes ventiladores para estabelecer zonas de pressão positiva e de pressão negativa. Em ambiente com pressão positiva, o ar que está fora, supostamente contaminado, não entra. O ambiente com pressão negativa pode receber o ar do ambiente de pressão positiva, pois esse ar passou pelo filtro.
A qualidade do ar atua também reduzindo o tempo de estadia dos pacientes, pois em ambientes climatizados com qualidade do ar dentro dos parâmetros exigidos pela norma vigente reduz a propagação de doenças transmitidas pelo ar, diminuindo o risco de infecções hospitalares, que são um dos principais responsáveis pela prolongação do internamento de paciente e, auxiliam também na higienização das salas de cirurgia, pós operatório e UTIs de modo a garantir que esses ambientes estejam purificados e livres de agentes infecciosos.
Porém para que o sistema de climatização seja efetivo na limpeza do ar é necessário realizar a manutenção periódica obrigatória do sistema de climatização estipulada no PMOC (Plano de Manutenção e Controle).
Normas e Leis para Climatização Hospitalar
Primeiramente, precisamos conhecer a Norma e a Lei que regula a climatização de ambientes, sendo ela a Norma 7256 de 2005 e a Lei 13.589 de 2018, onde elas definem desde os parâmetros que deverão ser obedecidos para a instalação até as punições do descumprimento da legislação.
Norma 7256 de 2005
Como uma forma de assegurar a eficiência total do sistema de climatização hospitalar, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) elaborou a Norma 7256, a qual tem como principal objetivo o estabelecimento de parâmetros e requisitos mínimos que deverão ser atendidos para estabelecimentos assistenciais de saúde.
Nesta norma, as áreas hospitalares também são divididas de acordo com o potencial de ocorrência de infecção, sendo assim agrupadas como:
Áreas Não Críticas: sendo aquelas que não são ocupadas por pacientes e tem funções administrativas, como escritórios e almoxarifados;
Áreas Semicríticas: como aquelas ocupadas por pacientes que não exigem cuidados intensivos ou isolamento, como as enfermarias e ambulatórios;
Áreas Críticas: sendo estas aquelas que oferecem risco potencial para infecção, seja por procedimento invasivos, presença de pacientes imunocomprometidos ou mesmo pelo risco ocupacional relacionado ao manuseio de substâncias infectantes, como centro cirúrgico, unidades de transplantes e terapias intensivas, entre outros.
Está norma tem como objetivo padronizar o processo de instalação do sistema de climatização hospitalar, controle de ruídos, o índice de temperatura ideal, a velocidade do ar e a umidade relativa que deverá ter no ambiente, além disso, também estabelece a necessidade da limpeza e manutenção periódica, de modo que garanta que todo o sistema esteja funcionando da forma correta, promovendo a segurança da saúde do ambiente.
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